sábado, 10 de dezembro de 2011

Vazio

Em algum momento o vazio toma conta...........não, ele não chega de repente. Na verdade sempre esteve ali presente, adormecido, sendo sufocado o tempo todo por esperança, fé, crenças, planos, idéias e ideais.
Quando esse vazio eclode ? Dá pra perceber quando o gatilho é disparado ? Talvez a percepção é dada quando o EU se dá conta que não encontra respostas para seus questionamentos. Tantos porques, tantas dúvidas, tantos medos........tantos sentimentos que se õpoe, se sobrepõe, contradizentes entre si.
É tão doloroso sentir esse vazio, sentir-se desesperançado, sentir-se insignificante perante o universo.
Não se trata de baixa auto-estima, mas de colocar-se e encaixar-se no devido lugar.

Todo ser humano é megalomaníaco em algum sentido. E essa característica acaba suscitando a necessidade de afeto, aceitação, inclusão e respostas. Temos consciência mas não temos capacidade para aceitar que a existência humana é apenas mais um acontecimento em algum lugar  no universo e no tempo.

O vazio vem a tona quando de repente percebemos que não há sentido onde procuramos sentido. Não há respostas para os infinitos questionamentos, não há inteligência humana capaz de compreender o campasso do universo.  Há uma mecanicidade ditada pela sociedade, pela história, pela moral, pela ética, pelas leis, pela etiqueta, pela religião, contudo, nada capaz de conter e/ou apaziguar uma racionalidade pura e simplesmente arrogante.

Aceitar o nada ? Aceitar a insignificância ? Aceitar a miserabilidade ? Como aceitá-los sem desejo de aniquilação ?
O segredo para uma existência plena está exatamente ai.
Quem já conseguiu ?

Douglas F. Barbosa
10 dezembro de 2011

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